Crescendo Plantas Na Lua
· Equipe de Entretenimento
O ritmo do retorno dos seres humanos à Lua está cada vez mais rápido, e os pousos tripulados também estão ganhando atenção.
Além das tecnologias-chave necessárias para um pouso tripulado na Lua, a saúde e segurança dos astronautas continuam sendo a principal prioridade.
Como os astronautas vivem na Lua? Como ter uma fonte constante de alimentos frescos? Essa será uma questão que agências espaciais de diversos países e organizações internacionais irão explorar em conjunto.
Quão difícil é ter um jardim no espaço?
Os fãs de ficção científica podem se lembrar da luta de Mark Watney, o personagem principal do romance *Perdido em Marte*, de Andy Weir, que tentou cultivar batatas quando ficou preso sozinho em Marte. E se os humanos quiserem ter uma base durável para a existência além da Terra, então cultivar plantas no espaço é absolutamente necessário.
Anteriormente, os astronautas já comeram com sucesso rabanetes, pimentões e alface cultivados na Estação Espacial Internacional, mas ainda existem muitos desafios para criar um jardim no espaço que seja realmente vibrante.
O ambiente espacial é rico em dióxido de carbono, carece de micróbios no solo, tem gravidade alterada, é exposto a radiação intensa e possui água líquida altamente salina. Para que as plantas prosperem no espaço e forneçam aos humanos uma nutrição equilibrada, elas precisam ser redesenhadas. Fontes renováveis de alimentos frescos são uma excelente maneira de melhorar a saúde dos astronautas, em comparação com alimentos desidratados e preparados. Elas fornecem vitaminas e minerais essenciais, além de adicionar variedade e sabor às refeições, protegendo os astronautas da "fadiga alimentar", da desnutrição e da perda de peso. Atualmente, as plantas no espaço são cultivadas em ambientes artificiais fechados, com luzes LED de baixo consumo e "solo" de argila porosa, que fornece água, nutrientes e oxigênio para as raízes. Sensores de alta tecnologia e câmaras monitoram a saúde das plantas.
No entanto, as plantas ainda não evoluíram para crescer nesse ambiente e não estão prontas para mudanças de luz, temperatura, etc., o que limita seu potencial de crescimento total.
Como resultado, os cientistas irão ajustar a genética das plantas para produzir cultivos alimentares "colhíveis e comestíveis" de crescimento mais rápido, como tomates, cenouras, espinafre e morangos, permitindo que elas cresçam ao seu máximo potencial em um ambiente fechado e controlado.
Austrália: Cultivar plantas na Lua até 2025
A Austrália irá cultivar plantas na Lua já em 2025. O Experimento de Desenvolvimento Horticultural Lunar Australiano (ALEPH-1) tem como objetivo investigar se as plantas não só podem tolerar a dura superfície lunar, mas também prosperar.
Os tipos de plantas enviados para a Lua serão cuidadosamente selecionados com base na rapidez com que conseguem germinar e na sua tolerância às extremas variações de temperatura experimentadas no espaço.
Uma das plantas que os pesquisadores estão considerando é a 'grama da ressurreição', nativa da Austrália, que pode tolerar condições severas, sobrevivendo em estado de dormência por meses sem água.
As sementes das plantas e a "grama da ressurreição" serão transportadas para uma cápsula especialmente projetada na espaçonave Genesis 2. A câmara conterá sensores, câmeras e água.
O crescimento das plantas e a saúde geral serão monitorados por 72 horas após o pouso na superfície lunar, e os dados e imagens serão transmitidos de volta à Terra.
Japão: Empresas se preparam para o mercado lunar
Algumas empresas de capital de risco japonesas também estão se preparando para o possível mercado dos pousos tripulados na Lua.
A empresa de consultoria de negócios espaciais DigitalBlast, com sede em Tóquio, desenvolveu um dispositivo que gera artificialmente gravidade para as plantas.
O dispositivo, chamado "Amaz", tem 20 centímetros de diâmetro, 40 centímetros de largura e pesa 5 quilos, e pode gerar a mesma gravidade no espaço que na Terra ou na Lua.
Os astronautas podem colocar as plantas em três cápsulas, que a máquina gira para gerar gravidade. Os astronautas podem mudar a velocidade de rotação de cada cápsula: mais de 100 rotações por minuto produzirão a mesma gravidade que a da Terra, menos de 50 rotações serão equivalentes à gravidade da Lua, e nenhuma rotação resultará em gravidade zero.