O poder do bocejo
Gabriel Souza
| 04-11-2025

· Equipe de Ciências
Ei, Lykkers! Já se pegou bocejando só porque alguém ao seu lado bocejou? Ou já se perguntou por que bocejamos? É um daqueles mistérios do dia a dia — simples, mas curiosamente fascinante.
Hoje, vamos descobrir por que bocejamos, qual é a função disso e por que o bocejo parece se espalhar tão facilmente entre as pessoas.
O que é, afinal, um bocejo?
Um bocejo é mais do que apenas abrir a boca e respirar fundo. É um reflexo involuntário que acontece quando estamos cansados, entediados ou simplesmente relaxados.
Ao bocejar, você inspira profundamente, enchendo os pulmões de ar, e depois expira lentamente. Pode notar que seus olhos se fecham ou lacrimejam um pouco — faz parte do pacote.
Por que bocejamos? Teorias que fazem sentido
Os cientistas ainda não têm certeza absoluta do motivo exato do bocejo, mas existem algumas teorias bem fundamentadas:
1. resfriar o cérebro
Uma das hipóteses mais aceitas é que o bocejo ajuda a resfriar o cérebro. Quando bocejamos, o ar fresco entra e o movimento da mandíbula aumenta o fluxo sanguíneo — juntos, esses efeitos ajudam a regular a temperatura cerebral e mantêm o cérebro em bom funcionamento;
2. aumentar o oxigênio
Outra ideia é que o bocejo serve para aumentar o nível de oxigênio no sangue e eliminar o excesso de dióxido de carbono. Esse grande suspiro renova o ar nos pulmões, especialmente quando ficamos muito tempo parados;
3. sinal de transição
Bocejar também pode funcionar como um “botão de reinicio” do corpo — um sinal para mudar de estado, como passar do cansaço para a atenção, ou do alerta para o sono.
Por que o bocejo é contagioso?
Ah, o famoso “bocejo contagioso” — aquele momento em que alguém boceja e, de repente, todo mundo começa a fazer o mesmo. Isso é real, e está ligado à empatia. Pesquisas mostram que ver, ouvir ou até pensar em um bocejo pode fazer você bocejar também.
Esse efeito é mais comum entre pessoas próximas, como amigos e familiares, o que indica que o bocejo pode estar relacionado à conexão social e à empatia — a capacidade de sentir o que o outro sente.
Curiosamente, nem todo mundo “pega” bocejos com a mesma facilidade. Pessoas com dificuldade de se conectar socialmente — como algumas com autismo ou esquizofrenia — tendem a bocejar menos por contágio. Isso sugere que o bocejo pode ser uma forma sutil de sincronização emocional entre indivíduos.
Bocejo nos animais? Sim!
Os humanos não são os únicos a bocejar de forma contagiosa. Chimpanzés, cães e até aves também demonstram esse comportamento. Nos animais, o bocejo pode servir como forma de comunicação e de manter a harmonia dentro do grupo.
Quando o bocejo merece atenção?
Bocejar é totalmente normal, mas o excesso pode indicar algum problema, como fadiga extrema, distúrbios do sono ou até questões neurológicas e cardíacas. Se o bocejo for constante e vier acompanhado de cansaço, vale procurar um médico.
Conclusão
O bocejo é um gesto simples que esconde uma série de funções incríveis. Seja para resfriar o cérebro, regular o oxigênio ou fortalecer laços sociais, ele é uma ferramenta natural e inteligente do corpo humano. E da próxima vez que alguém bocejar perto de você, não resista — apenas aceite: é perfeitamente normal bocejar junto!