Medições e ciência
André Costa
André Costa
| 03-12-2025
Equipe de Astronomia · Equipe de Astronomia
Medições e ciência
A medição é a base da ciência e da tecnologia. Desde cozinhar uma refeição até lançar satélites, medições precisas permitem comparar, replicar e confiar nos resultados.
Mas medir é mais do que números — exige uma linguagem comum e a consciência da incerteza. É aí que entram as unidades SI e o conceito de incerteza de medição.
As unidades SI (Sistema Internacional de Unidades) fornecem um padrão global para que todos falem a mesma “língua da medição”, enquanto a incerteza nos lembra de que nenhuma medição é perfeitamente exata. Juntas, tornam a ciência confiável e prática no dia a dia. Este guia explora como as medições são feitas, padronizadas e interpretadas.
Medições e ciência

Compreendendo a medição e as unidades SI

Vamos começar pelo básico: o que significa medir e por que unidades padronizadas são tão importantes.
O que é medição?
Medição é simplesmente comparar algo desconhecido com um padrão conhecido. Por exemplo, dizer que uma mesa tem 2 metros significa que você comparou seu comprimento com o padrão metro e descobriu que ele é duas vezes maior.
O papel das unidades SI
O Sistema Internacional de Unidades (SI) nos dá uma forma consistente de expressar medições no mundo inteiro. Imagine a confusão se um país usasse polegadas e outro usasse palmos. As unidades SI eliminam esse problema ao oferecer uma estrutura comum.
As sete unidades de base
O SI é formado por sete unidades básicas: metro (comprimento), quilograma (massa), segundo (tempo), ampere (corrente elétrica), kelvin (temperatura), mol (quantidade de substância) e candela (intensidade luminosa). Todas as outras unidades — como newton para força ou joule para energia — derivam dessas unidades básicas.
Relevância no dia a dia
Você já usa unidades SI sem perceber. Medir temperatura em graus Celsius, encher uma garrafa com litros de água ou cronometrar sua corrida em segundos são exemplos do SI em ação.

A importância da incerteza

Agora que você entende as unidades SI, é hora de falar sobre a incerteza — uma parte essencial para interpretar medições corretamente.
Por que existe incerteza?
Nenhuma medição é perfeita. Os instrumentos têm limites, o ambiente muda e erros humanos podem acontecer. Mesmo com as melhores ferramentas, sempre existe uma margem de incerteza. Reconhecer isso fortalece a ciência por ser honesta sobre suas limitações.
Expressando a incerteza
Cientistas não dizem apenas “a haste mede 10 cm”. Eles dizem algo como “10,0 ± 0,1 cm”. Esse “± 0,1 cm” indica o possível intervalo de erro e torna a medição mais clara.
Reduzindo a incerteza
Você pode reduzir a incerteza usando instrumentos mais precisos, repetindo medições ou controlando as condições. Por exemplo, medir um líquido com uma proveta é mais preciso do que usar um copo com marcações largas.
Por que isso importa para você?
Entender a incerteza não é útil apenas em laboratórios. É útil na vida cotidiana. Pense em preparar um orçamento — os preços podem variar um pouco, mas planejar considerando essa “incerteza” torna sua estimativa mais realista. Da mesma forma, ao ler resultados científicos, saber sobre incerteza ajuda a avaliar a confiabilidade dos dados.
A medição, as unidades SI e a incerteza trabalham juntas para tornar a ciência precisa e significativa. As medições fornecem dados, as unidades SI garantem consistência mundial e a incerteza nos lembra de interpretar os resultados com cuidado.
Seja cozinhando, verificando o clima ou construindo tecnologia, esses conceitos estão presentes o tempo todo. Entender a precisão das unidades SI e a importância da incerteza torna a ciência clara e confiável.
Com esse conhecimento, os números passam a ser mais do que dígitos — eles contam uma história sobre como descrevemos e entendemos o mundo.