Saúde do Café
Amanda Fernandes
| 11-07-2024
· Equipe de Alimentação
Ao considerar o café, muitas pessoas tendem a acreditar que ele é "viciante" e "pode atrapalhar o sono". Essa crença muitas vezes deriva da noção de que o café, com seu alto teor de cafeína, é universalmente prejudicial e desprovido de quaisquer benefícios.
No entanto, isso é realmente verdade? Na realidade, o impacto do café na saúde depende da quantidade de cafeína consumida.
Estudos indicam que a cafeína pode desempenhar um papel positivo na proteção da saúde cardiovascular e na prevenção de distúrbios do sistema nervoso central, como depressão e doença de Parkinson. Portanto, desde que não se exagere, o consumo moderado de café pode oferecer algumas surpresas agradáveis para o corpo.
Então, o que exatamente é cafeína? É um alcaloide metilxantina que estimula o sistema nervoso central, aumentando a sensibilidade, a atenção e o metabolismo, enquanto melhora o desempenho mental e físico.
O que constitui uma ingestão diária de café apropriada? Geralmente, os adultos devem limitar sua ingestão de cafeína a não mais que 400 mg/dia. Por exemplo, uma xícara típica de Americano de 355 ml contém cerca de 150 mg de cafeína.
Qual é o melhor momento para desfrutar do café? Pesquisas sugerem que o momento ideal é entre 9h30 e 11h30, quando a cafeína interage de forma ótima com um hormônio crucial no corpo, o cortisol.
Vamos explorar a relação entre café e saúde:
1. Saúde cardiovascular:
O consumo moderado de café tem um efeito protetor na saúde cardiovascular. Estudos têm demonstrado que a cafeína pode reduzir a incidência de várias doenças cardiovasculares. Na verdade, uma xícara de café pela manhã não apenas clareia a mente, mas também ajuda a diminuir a resposta inflamatória associada aos fatores de risco de doenças cardíacas.
2. Risco de câncer:
Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) esclareceu que não há risco de câncer associado ao café. Vários estudos até mostraram que o café pode reduzir o risco de cânceres como o de fígado, mama e ovário.
3. Perda de gordura:
Embora o café em si não reduza diretamente a gordura, ele pode auxiliar na perda de peso. A cafeína aumenta o metabolismo, suprime o apetite e melhora a resistência ao exercício. Pesquisas descobriram que beber espresso antes do exercício aeróbico aumenta significativamente a queima de gordura e promove a perda de peso.
4. Prevenção do diabetes:
O consumo moderado de café pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2, reduzindo a inflamação no corpo. É essencial observar que o consumo excessivo de café em curtos períodos pode reduzir a sensibilidade à insulina e elevar os níveis de açúcar no sangue.
Apesar desses benefícios, certos grupos devem ter cautela:
1. Pessoas com pressão alta:
A cafeína pode elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca, levando a flutuações de curto prazo. Indivíduos com hipertensão ou alto risco devem limitar o consumo de bebidas com cafeína.
2. Pessoas com problemas gástricos:
O café estimula a secreção de ácido gástrico e pode irritar a mucosa gástrica, sendo aconselhável para aqueles com problemas estomacais minimizar o consumo.
3. Indivíduos com distúrbios do sono:
O efeito estimulante da cafeína no sistema nervoso pode prejudicar o sono, sendo importante para indivíduos com distúrbios do sono reduzir ou evitar o café.
4. Crianças:
Devido ao impacto no desenvolvimento ósseo e à necessidade de descanso suficiente, crianças e adolescentes devem limitar o consumo de cafeína.
5. Mulheres grávidas:
A OMS recomenda que as mulheres grávidas consumam no máximo 200 mg de cafeína por dia, o equivalente a uma xícara de Americano. É aconselhável cautela, mesmo dentro deste limite.
Em conclusão, o café tem tanto benefícios quanto desvantagens, com efeitos variando de pessoa para pessoa. Ele contém cafeína e outros compostos, e o consumo excessivo pode ter consequências negativas. A chave é a moderação ao desfrutar do café.